A Geografia na Escola.
O desenvolvimento e a educação gratuita se estruturou no século XIX, principalmente pelos ideais iluministas que pregavam a igualdade dos homens e fazendo com que saber ler, escrever e contar também fizesse parte dos menos desfavorecidos e não ficasse restrito aos grupos de pessoas como a nobreza e o clero. Com esse pensamento da igualdade de todos a burguesia, classe que estava em ascensão defendia a escola como um direito para todos tornando servos em cidadão. O surgimento do sistema publico de ensino se deu em uma época de transição e conquista de poder por uma classe emergente.
A geografia como disciplina, assim como a história e a língua nacional foram introduzidas no currículo de ensino para difundir as idéias e interesses de um grupo de pessoas. A geografia ensina nas escolas era a de descrição da paisagem, estudava a parte física o clima, a vegetação, o relevo sem relacionar a ação humana nesses meios. A parte humana ficava nas mãos do estado.
O berço da geografia foi na Alemanha e varias escolas que surgiram após o século XI, essas escolas contaram com vários nomes sendo alguns deles Karl Ritter e Alexander Von Humboldt alemães que trouxeram grandes avanços para a geografia tanto na questão ideológica na qual a Alemanha estava passando e o desenvolvimento desta disciplina nas universidades.
O grande desenvolvimento da geografia nasceu primeiramente para o estado e para as classes dominantes políticos e militares e a geografia desenvolvidas nas escolas era uma geografia mascarada que escondia verdadeira face da realidade.
Sugestão de aula.
Sugeria uma aula dinâmica com a participação dos alunos em forma de um júri uma parte da sala representando o estado, onde o estudo geográfico deveria fica restrito a eles para a dominação e outra parte da sala contra esta posição de possuidor do conhecimento.
FONTES, R.M.P. do A. Da Geografia que se ensina à gênese da Geografia Moderna. Florianópolis. UFSC, 1989.
Como escolher e organizar as atividades de ensino.
O texto “Como escolher e organizar as atividades de ensino” mostra as principais características que o professor deve ter na sala de aula, para um melhor rendimento do aluno na escola. As dinâmicas que o professor vai fazer com que eles se envolvam mais isto se da a partir do momento da formação do docente.
Uma maneira que não deveria utilizar como recurso na sala de aula com base neste texto seria apenas uma leitura e um trabalho por escrito, pois as idéias ficariam muito restritas, já uma discusão com base neste texto seria mais rentável no processo de ensino-aprendizagem ajudando a deixar mais claro o assunto e poder observar diferentes pontos de vista.
BORDENAVE, J.D; PEREIRA, A. M. Estratégia de Ensino-Aprendizagem. Petrópolis: Vozes, 1994.
As transformações da geografia no Brasil: Pesquisa, ensaio e formação do professor.
O desenvolvimento da Geografia no Brasil como estudo considerando os paises europeus é novo, pois foi através de estudiosos destes paises que se desenvolveu e implantou a ciência geográfica no Brasil. A faculdade de Filosofia da USP ( Universidade de São Paulo) em 1934 e o departamento de Geografia em 1946 foram os primeiros locais a institucionalizar a Geografia no pais com um grande incentivador que foi o professor francês Pierre Deffontaines.
Os professores nesta época eram pessoas que não possuíam formação na área da ciência geográfica na maioria eram formados em direito, engenharia que se interessavam em estudar aspectos relacionados à Geografia. Alguns estudiosos falam no texto que no inicio era só estudado apenas dados referentes a geografia física, os livros didáticos desta época eram de baixa qualidade segundo Delgado de Carvalho que diz que o Brasil deveria ser estudado através das regiões naturais. A nova escola que era implantada no pais a ciência geográfica sofria forte influencia das escolas francesas e alemãs pois a maior parte dos docentes tiveram esta formação.
A geografia passou por varias metodologias como a geografia tradicional, a geografia critica, a geografia quantitativa sempre acompanhando ou procurando acompanhar o desenvolvimento da sociedade.
Essas metodologias que acompanhavam pesquisadores, estudantes das universidades também foram para os bancos escolares Aroldo de Azevedo na década de 50 a 70 sobre grande influência da escola francesa produzia livros didáticos utilizando a geografia Tradicional o homem influenciando o meio natural.
Com as grandes mudanças ocorridas no mundo as áreas de interesse da geografia muda e já na década de 80 e 90 a geografia que começa a ser estudada e a geografia quantitativa o uso da matemática da estatística pois neste momento o pais passava por um processo de tecnificação, os programas de computadores e o sensoriamento remoto passaram ser estudados.
A geografia como disciplina nas escola de primeiro e segundo grau durante este tempo passou por varias etapas acompanhando as etapas da geografia feita pelo mundo. Na época da ditadura militar o ensino no pais especificamente o de geografia e historia passou a ser descartado surgindo o ensino de “Estudos sociais” com o argumento que estas duas disciplinas deveriam ser dadas em conjunto.
Com o fim da ditadura militar no pais e com a geografia critica começou a surgir nos livros didáticos assuntos com caráter social mostrando as diferenças, os diferentes tipos de influencia do homem no meio, assuntos como meio ambiente tornaram-se presentes. A década de 80 teve uma produção de livros didáticos de boa qualidade nesta mesma década também houve vários encontros para trata de assuntos relacionados a educação de geografia nas escolas, tentando fortalecer e estimular professores a adequar-se e melhorar o ensino de geografia que foi e ainda hoje em dia continua sendo um poço descriminado.